17.5.11

Promessas... Leva-as o vento

Esta noite, tive um sonho em que criava um partido. Não era um partido qualquer, mas sim um partido voltado para o povo. Afinal, se o povo é que me sustenta, é para o povo que tenho que trabalhar.

Uma das minhas promessas era a de fazer o bem. Tirar o dinheiro dos ricos e distribuir pelos pobres. Assim, realizaria o meu sonho de infância, quando escrevia redações dizendo que, quando crescesse, ajudaria os necessitados. Sempre ouvi dizer que quem dá aos pobres empresta a Deus. Teria o céu garantido.

Depois de despojar os ricos como um Robin Hood, todos seriam felizes. Se alguém aparecesse com um sorriso amarelo, eu perguntaria qual o motivo. Se fosse preciso, emprestaria a minha piscina, paga pelo povo, para que ele pudesse relaxar entre uns mergulhos. Claro que eu, como governante, teria que ter mais do que qualquer outro mortal. Já dizia George Orwell no seu “Animal Farm” (agora é mais FarmVille):

“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros.”

Observaria o meu novo país do alto do meu pedestal, não tocaria lira como Nero, mas colocaria no volume máximo da minha aparelhagem, paga pelo povo, que não havia líder como eu, que fazia toda a gente feliz e que até deixava andar no meu Ferrari comprado pelo Jaime Gama, quando ele quis renovar a frota de carros ainda novos dos deputados. Que maravilha de país!

Eu era feliz, o povo estava feliz, até que acordei com tanta felicidade! A minha mulher não, dormia profundamente depois de tanta lida diária. Afinal, sonhar com tanta felicidade só mesmo para um sonhador!

28.1.11

É Um Fartar Vilanagem





A crise, como sempre, é só para os mesmos, para os gestores públicos... Crise? O que é isso?

No dia em que os cortes nos salários dos gestores públicos estiveram em debate nunca é demais lembrar quanto ganhavam em 2009 alguns dos homens mais bem pagos do país a trabalharem em empresas do Estado. Algumas empresas registaram prejuízos no balanço.

Assim, a TAP, empresa emblemática do sector público, surge à cabeça entre salários, prémios e regalias. O presidente Fernando Pinto ganhou 637 mil euros anuais, o que representa uma remuneração mensal de 45 mil euros.

Segue-se a Caixa Geral de Depósitos (CGD) que, no sector empresarial do Estado, é a empresa que mais lucros gera. O presidente do banco público levou para casa 560 mil euros ao fim do ano, ou seja, 40 mil euros por mês.

Já o vice-presidente Francisco Bandeira ganhou um pouco menos, 558 mil euros, o que representa 39 mil euros ao fim de cada mês.

À frente dos CTT, Estanislau Costa auferiu a quantia de 300 mil euros anuais - 21 mil euros por mês.

Na Parpública, empresa que gere as participações financeiras do Estado, João Plácido Pires ganhou 249 mil euros, ou seja, 18 mil ao fim de cada mês.

E na mais mediática de todas, na RTP, o presidente Guilherme Costa ganhou 254 mil euros, o que dá 18 mil por mês. E isto no ano em que a televisão do Estado teve prejuízos de 14 milhões de euros e registo de uma dívida acumulada à volta de 800 milhões.

Fonte: Agência Financeira


... E é isto um país em crise!